Dinâmica da população brasileira: fluxos migratórios, áreas de crescimento e de perda populacional


A dinâmica da população brasileira é marcada por variações no tamanho e densidade da população, e é influenciada por diversos fatores. A seguir, algumas informações sobre a dinâmica da população brasileira: 

- A população brasileira deve continuar a crescer até 2047, mas a partir daí deve entrar em declínio. 
- A taxa de crescimento da população brasileira é de 0,52% e tende a diminuir nos próximos anos. 
- A população urbana é maior que a rural, e o Brasil é um país urbanizado. 
- A população brasileira está envelhecendo, com aumento da expectativa de vida e desaceleração do crescimento. 
- A região Sudeste e o Nordeste são as mais populosas, enquanto o Centro-Oeste é a menos populosa. 
- O estado de São Paulo concentra 21,8% da população brasileira. 
- A imigração contribuiu com 19% do aumento da população brasileira entre 1840 e 1940. 
- A urbanização, a queda da fecundidade da mulher, o planejamento familiar, a utilização de métodos de prevenção à gravidez, e a mudança ideológica da população são fatores que contribuem para a redução do crescimento populacional. 

Fluxos Migratórios

Os movimentos migratórios no Brasil se caracterizam por ser o deslocamento de cidadãos brasileiros dentro do território nacional.

Já migração interna se caracteriza pelo deslocamento de populações dentro de um mesmo país. Isto pode acontecer por motivos econômicos, catástrofes naturais, conflitos, etc.

No Brasil, temos vários exemplos de migração interna por conta dos modelos econômicos implantados no País. Por isso, quando um ciclo econômico se esgotava numa região, seus habitantes tinham que migrar para continuar a viver.

Existem vários tipos de migração interna. Vejamos os principais:

Êxodo rural: deslocamento de populações do campo para a cidade. No Brasil, este fenômeno começou na primeira metade do século XX.

Migração pendular: processo migratório que ocorre de uma cidade pequena para uma grande, diariamente, na região metropolitana das capitais. Neste caso, o migrante não estabelece sua residência no local para onde se desloca. Apenas se dirige ali para estudar ou trabalhar.

Migração sazonal ou transumância: o migrante vai para uma região para cumprir um trabalho específico como recolher frutos, cortar cana-de-açúcar, etc.

Migração de retorno: nas décadas de 10, do século XXI, com o crescimento da economia nordestina, muitos migrantes voltaram aos seus estados de origem.

Nas últimas décadas, as regiões Centro-Oeste e Norte têm sido bastante atrativas para os migrantes, pois após a década de 1970, a estagnação econômica que atingiu e ainda atinge a indústria brasileira afetou negativamente o nível de emprego nas grandes cidades do Sudeste, gerando pouca procura de mão de obra, ocasionando a retração desses fluxos migratórios. Assim, as regiões Norte e Centro-Oeste, que já captavam alguma parcela desse movimento, tornaram-se destinos da migração interna do Brasil.

O Sudeste continua captando boa parte dos migrantes brasileiros. A região recebe muito mais gente do que perde. O Centro-Oeste também recebe mais migrantes do que perde, sendo, atualmente, o principal destino dos fluxos migratórios no Brasil. O Sul e o Norte são regiões onde o volume de entrada e saída de migrantes é mais equilibrado. A Região Nordeste tem recebido cada vez mais migrantes, sendo a maioria proveniente do Sudeste (retorno), porém, continua sendo a região que mais perde população para as demais.

Áreas de crescimento e de perda populacional

O crescimento populacional é influenciado por vários fatores, como a taxa de natalidade, a taxa de mortalidade e o saldo migratório. O crescimento populacional pode ter impactos ambientais negativos, como o desmatamento, a perda de biodiversidade, a poluição e as mudanças climáticas. 

A análise dos dados mais atuais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o crescimento da população brasileira vem diminuindo ao longo as décadas. O último período de análise divulgado pelo censo de 2022 indicou que a população do Brasil cresceu anualmente apenas 0,52%. Esse índice é o menor registrado desde o início do levantamento histórico-demográfico brasileiro iniciado em 1872.

Crescimento anual entre regiões entre 2010 e 2022 (ordem decrescente): Centro-Oeste: 1,23%, Norte: 0,75%, Sul: 0,74%, Sudeste: 0,45% e Nordeste: 0,24%.

Entre os estados e o Distrito Federal, a população da Região Centro-Oeste do Brasil se divide em 7,05 milhões em Goiás (6 milhões em 2010); 3,65 milhões em Mato Grosso (3,03 milhões em 2010); 2,81 milhões no Distrito Federal (2,57 milhões em 2010) e 2,75 milhões em Mato Grosso do Sul (2,44 milhões em 2010).

Esse crescimento é resultado de diversos fatores, como o aumento da migração interna, a expansão de atividades econômicas e a melhoria dos indicadores sociais. A região, composta pelos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, tem se destacado como um polo de oportunidades e atrai cada vez mais pessoas em busca de uma vida melhor.

Uma das principais razões para esse crescimento é o agronegócio. O Centro-Oeste é uma das principais regiões produtoras de grãos e carne do país, o que gera empregos e impulsiona a economia local. Além disso, a região possui uma localização estratégica, facilitando o escoamento da produção para outras regiões do país e para o exterior.

Além do agronegócio, outros setores também têm contribuído para o crescimento populacional do Centro-Oeste. A região tem se destacado na área de tecnologia, com a presença de polos de inovação e startups. Além disso, o turismo tem ganhado cada vez mais espaço, com destinos como o Pantanal e a Chapada dos Guimarães atraindo visitantes de todo o país e do exterior.

Esse crescimento populacional traz desafios e oportunidades para a região. Por um lado, é necessário investir em infraestrutura, saúde e educação para garantir uma qualidade de vida adequada para a população. Por outro lado, o crescimento econômico traz consigo a geração de empregos e o aumento da renda, o que pode melhorar as condições de vida da população local.

Em resumo, o Centro-Oeste tem se destacado como a região com a maior taxa de crescimento populacional no Brasil. Esse crescimento é resultado do desenvolvimento do agronegócio, da infraestrutura e de outros setores econômicos. É importante que o governo e a sociedade estejam preparados para lidar com os desafios e aproveitar as oportunidades que esse crescimento traz.

As motivações para a queda do crescimento da população brasileira estão ligadas a diversos fatores históricos, econômicos e culturais, que indicam a diminuição da taxa de natalidade do país e o aumento da expectativa de vida. Esse movimento da população brasileira acompanha uma tendência mundial de envelhecimento da população, especialmente registrado em países desenvolvidos, que já passaram pelo processo de transição demográfica.

Fontes:

https://www.todamateria.com.br/movimentos-migratorios-no-brasil/
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/migracao-interna-no-brasil.htm

https://www.todamateria.com.br/populacao-brasileira/
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/populacao-brasileira.htm
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/brasil/populacao-do-centro-oeste-e-a-que-mais-cresce-no-brasil.htm

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